Começamos nosso trabalho em 2011, e, quando vamos cadastrar os primeiros nascimentos na criação, vem a pergunta: Qual será a letra deste ano?
Explicando melhor, foi convencionado que cada ano tem uma letra que o representa, então usamos essa letra na identificação de cada chinchila que nasce, geralmente junto com um número sequencial do ano.
Eu pessoalmente pude verificar diversos tipos de identificação, os criadores parecem querer ter sua própria forma de identificar, obviamente que cada um tem essa liberdade dentro do seu empreendimento, mas eu gostaria de dar uma dica nesse sentido.
Nos Estados Unidos e também na Argentina é muito usado a forma de usar letras do alfabeto para identificar o ano de nascimento das chinchilas, aqui na Unichilla também adotamos essa maneira até o ano de 2010 inclusive.
Bem, eu sou formado em Administração de Empresas, e o espirito inquieto da organização e método corre forte nas minhas veias, então, resolvi abolir esse sistema de letras a partir desse ano, por vários motivos. Entre esses motivos, cito esses dois principais:
- O alfabeto quando termina, repete novamente e ai inevitavelmente começa a duplicidade de dados, e para quem tem criação grande e quer ter seu empreendimento por muitos anos, isso representa problema, o criador vai ter que variar de alguma maneira o sistema de letras.
- Para criações grandes, é fundamental o uso de sistema informatizado, um software de controle do plantel. É totalmente inviável gerenciar seu plantel através de controles manuais, o risco de cometer erros é muito grande. Então o volume de informações é enorme e devemos simplificar isso ao máximo possível, pois a simplicidade nos ajuda a errar menos, errando menos, todo nosso sistema de gestão melhora, e isso certamente vai ter reflexos na qualidade e produtividade. Na Unichilla, nosso banco de dados do plantel já conta com mais de 25.000 registros, imagina gerenciar e analisar informações dentro de um universo como esse?
Simplificar os processos faz parte de qualquer sistema de gestão da qualidade, então porque não começamos por isso?
Bem, como sempre falo, o exemplo é o melhor que tenho para oferecer, vou explicar aqui como será feito na Unichilla, a partir de 2011, o processo de cadastro e identificação das chinchilas no momento do nascimento:
- A identificação dos animais deve ter a sigla da cabanha, no nosso caso é "UNI";
- Adotamos um número para identificar machos e femeas, então "2" para macho e "1" para femea;
- Um número sequencial para cada nascimento que ocorre, mas usamos um sequencial para machos e outro para femeas, por um motivo simples, senão vamos ter identificações muito longas e como disse anteriormente, temos que simplificar ao máximo as coisas;
- Após esse número sequencial do nascimento, colocamos um hífen e o número do ano do respectivo nascimento, por exemplo: nascido em 1999, o número será "99".
Em resumo mantemos o mesmo sistema, apenas substituindo a letra do ano, pelo número do ano (os dois últimos já servem)
Todos esses critérios foram selecionados de maneira a simplificar e agilizar a identificação dos animais, então como ficaria a identificação do primeiro filhote macho nascido neste ano?
Resposta: UNI-2-001-11
E a primeira fêmea que nascer em 2011?
Resposta: UNI-1-001-11
Desta maneira, podemos ter um plantel muito grande, o controle será fácil, simples, sem duplicidade de dados e rapidamente podemos localizar, filtrar informações em um bom software de gerenciamento do plantel.
É uma dica simples, mas existe um ditado que diz mais ou menos assim: "...é nos detalhes que se consegue as grandes performances...."
Abraço a todos criadores que são apaixonados por essa atividade, bons negócios e ninhadas numerosas....