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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cuidado com a busca excessiva pela cor....Parte 2

Segue uma foto de dois animais, colocados lado a lado, para que você verifique melhor a diferença das porções da barriga.
Eu não consegui colocar essa foto no primeiro artigo, mas aqui está:

Peço desculpas, não sou fotógrafo profissional, mas acho que dá para perceber que o animal da esquerda tem a porção branca da barriga bem maior, mais larga que o da direita.  Com certeza o da esquerda vai dar uma pele com um tom degrade bem mais proeminente e bonito.

Era isso.....uma imagem vale mais que mil palavras não é?
Abraço a todosm bons negócios e ninhadas numerosas......

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cuidado com a busca excessiva pela cor.....

A tempos venho percebendo uma busca frenética pela cor escura nas chinchilas.  É certo e todos nós sabemos que o mercado internacional quer peles com véu escuro, e nas avaliações de peles no item cor temos diversos graduações chegando até o xxx-dark (extra extra extra escuro).  Mas quero nesse artigo, alertar para a busca excessiva e sem critérios pela cor escura. 
É inacreditável, mas já ouvi de alguns criadores que a cor deve ser buscada acima de tudo, até do tamanho.....pasmem, e o pior é saber que tem um certo "comprador de pele" e seus "Representantes" que diz aos criadores para não se preocupar com tamanho, que ele prefere tamanho pequeno e que peles grandes não são valorizadas.  Após essa tamanha besteira, dita por uma pessoa que deveria ser um orientador técnico, eu vi criadores deixando de dar a devida importância ao tamanho e seguindo na busca desenfreada pela cor escura.  É triste ver um criador seguindo essa orientação e mais tarde ver esse mesmo criador frustrado por ter perdido  o tamanho dos seus animais e em consequência a valorização devida da sua produção, tomem cuidado com falsos "peritos".

Obviamente, não estou sendo contra a cor, muito pelo contrário, a cor escura junto com o tamanho são as principais características de uma pele valorizada, por favor, priorizem a cor sim.

Meu alerta chama a atenção para que o criador não esqueça das outras características das peles, em especial a uma delas, quase nunca percebida pelo criador e que ao longo dos anos venho notando uma linhagem genética se espalhando rapidamente pelas criações que é "PORÇÃO DA BARRIGA MUITO ESTREITA".
Seja sincero, você observa a extensão da porção branca da barriga dos seus machos reprodutores quando escolhe para montar uma família?
Pois é, estão surgindo alguns animais com essa porção muito estreita e quase todos animais com essa característica indesejável são animais muito escuros, o criador acaba ficando fascinado pela cor e colocando ele cria.

A porção branca da barriga é uma característica única na chinchila, que dá o tom de degrade na pele, deixando ela muito valorizada e diferenciada das demais peles.  
Após anos comprando peles de vários criadores do Estado e do Brasil, tenho observado que aos poucos essa porção branca vem diminuindo gradativamente em algumas linhagens genéticas. 
Precisamos ficar atentos a essa tendência, se observarmos isso nos animais da criação.  Principalmente nos machos escolhidos para reprodutores, lembrem, um macho passa suas características para os filhotes de 5 ou 6 fêmeas, por isso o macho deve ser o mais perfeito possível.

Abaixo segue uma foto como exemplo.  Esse animal eu observei em uma criação e trouxe ele vivo para a Unichilla, já pensando em utilizar ele como exemplo para essa matéria.  Observem como a porção branca da barriga dele esta diminuta, estreita.


A porção branca da barriga, deve ser a maior possível, no caso acima ela está muito estreita e eu já vi peles com porções menores ainda. 
O alerta é importante, é um detalhe que passa despercebido e que normalmente vamos conseguir se dar conta disso na pele, no produto final.....mas quando isso acontecer essa característica pode ter se infiltrado em uma boa parte da criação e levar muito tempo para ser corrigida.

Abraço a todos, bons negócios e ninhadas numerosas........ 


O ano e suas letras....

Começamos nosso trabalho em 2011, e, quando vamos cadastrar os primeiros nascimentos na criação, vem a pergunta: Qual será a letra deste ano?  
Explicando melhor, foi convencionado que cada ano tem uma letra que o representa, então usamos essa letra na identificação de cada chinchila que nasce, geralmente junto com um número sequencial do ano.  
Eu pessoalmente pude verificar diversos tipos de identificação, os criadores parecem querer ter sua própria forma de identificar, obviamente que cada um tem essa liberdade dentro do seu empreendimento, mas eu gostaria de dar uma dica nesse sentido.
Nos Estados Unidos e também na Argentina é muito usado a forma de usar letras do alfabeto para identificar o ano de nascimento das chinchilas, aqui na Unichilla também adotamos essa maneira até o ano de 2010 inclusive. 
Bem, eu sou formado em Administração de Empresas, e o espirito inquieto da organização e método corre forte nas minhas veias, então, resolvi abolir esse sistema de letras a partir desse ano, por vários motivos. Entre esses motivos, cito esses dois principais:
- O alfabeto quando termina, repete novamente e ai inevitavelmente começa a duplicidade de dados, e para quem tem criação grande e quer ter seu empreendimento por muitos anos, isso representa problema, o criador vai ter que variar de alguma maneira o sistema de letras.
- Para criações grandes, é fundamental o uso de sistema informatizado, um software de controle do plantel. É totalmente inviável gerenciar seu plantel através de controles manuais, o risco de cometer erros é muito grande.  Então o volume de informações é enorme e devemos simplificar isso ao máximo possível, pois a simplicidade nos ajuda a errar menos, errando menos, todo nosso sistema de gestão melhora, e isso certamente vai ter reflexos na qualidade e produtividade.  Na Unichilla, nosso banco de dados do plantel já conta com mais de 25.000 registros, imagina gerenciar e analisar informações dentro de um universo como esse?

Simplificar os processos faz parte de qualquer sistema de gestão da qualidade, então porque não começamos por isso?
Bem, como sempre falo, o exemplo é o melhor que tenho para oferecer, vou explicar aqui como será feito na Unichilla, a partir de 2011, o processo de cadastro e identificação das chinchilas no momento do nascimento:
- A identificação dos animais deve ter a sigla da cabanha, no nosso caso é "UNI";
- Adotamos um número para identificar machos e femeas, então "2" para macho e "1" para femea;
- Um número sequencial para cada nascimento que ocorre, mas usamos um sequencial para machos e outro para femeas, por um motivo simples, senão vamos ter identificações muito longas e como disse anteriormente, temos que simplificar ao máximo as coisas;
- Após esse número sequencial do nascimento, colocamos um hífen e o número do ano do respectivo nascimento, por exemplo: nascido em 1999, o número será "99".

Em resumo mantemos o mesmo sistema, apenas substituindo a letra do ano, pelo número do ano (os dois últimos já servem)
Todos esses critérios foram selecionados de maneira a simplificar e agilizar a identificação dos animais, então como ficaria a identificação do primeiro filhote macho nascido neste ano?
Resposta:  UNI-2-001-11
E a primeira fêmea que nascer em 2011?
Resposta: UNI-1-001-11
Desta maneira, podemos ter um plantel muito grande, o controle será fácil, simples, sem duplicidade de dados e rapidamente podemos localizar, filtrar informações em um bom software de gerenciamento do plantel.
É uma dica simples, mas existe um ditado que diz mais ou menos assim: "...é nos detalhes que se consegue as grandes performances...."
Abraço a todos criadores que são apaixonados por essa atividade, bons negócios e ninhadas numerosas....